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segunda-feira

O Google quer os clientes da Microsoft

Maior empresa de internet do mundo aposta nas nuvens para minar bilionário negócio corporativo da rival fundada por Bill Gates. 

Quem vai reinar neste novo Olimpo da tecnologia?

Por Bruno GALO, enviado especial a Mountain View, Califórnia
Ouça um resumo da reportagem
Por onde quer que se ande pela imensa sede do Google, no Vale do Silício, é impossível não deparar com um computador da Apple. Dentro ou fora dos inúmeros prédios, é difícil fugir das icônicas maçãs mordidas iluminadas na tampa de um MacBook. Já os notebooks com sistema operacional Windows, da Microsoft, sejam eles da Dell, seja da HP ou da Lenovo, são bem raros. Assim como os Chromebooks, os recém-lançados laptops do Google. Alguns funcionários parecem até tentar disfarçar sua preferência, colando adesivos sobre a logomarca da empresa fundada por Steve Jobs. A impressão que fica é que, a despeito da concorrência cada vez mais feroz com a Apple no mercado de tablets e smartphones, o grande rival do Google é mesmo outro. Mas quem? Seria o Facebook? Ou quem sabe a Microsoft? Amit Singh, vice-presidente de vendas da divisão de empresas do Google, não tem dúvidas. “A Microsoft não quer que tenhamos sucesso aqui, nós somos inimigos”, disse Singh à DINHEIRO, durante o Atmosphere 2011, evento anual do gigante das buscas que reuniu centenas de CIOs de todo o mundo no seu quartel-general em Mountain View, na Califórnia, em meados de novembro. 

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Durante três dias, a companhia falou sobre os avanços da plataforma Google Apps para negócios, pacote de aplicativos online voltado para o mercado corporativo, que oferece e-mail, comunicador instantâneo, videoconferência, rede social, documentos, apresentações e planilhas, entre outros softwares de produtividade e colaboração. O objetivo do Google com o Apps, lançado em 2007, é minar o tradicional pacote de programas Office, que inclui o Word, o Excel, o Power Point e o Outlook, entre outros, e respondeu por 32% da receita e 52% dos lucros de US$ 24 bilhões em 2010 da empresa fundada por Bill Gates. Manter essa liderança confortável é um dos maiores desafios da Microsoft atualmente. Diferentemente do Office, o Google Apps funciona na nuvem. 

Ou seja, em vez de comprar uma licença e instalar os programas em um computador, os clientes pagam uma mensalidade e acessam os programas a partir de qualquer dispositivo com acesso à internet, seja um tablet, seja um smartphone ou até um PC, a qualquer hora e de qualquer lugar. Para fazer frente ao Google nessa seara cuja plataforma já conta com mais de 40 milhões de usuários espalhados pelo mundo, entre empresas como LAN, Jaguar, Softbank e Renner, universidades, como a Anhanguera, e governo, a Microsoft acaba de lançar o Office 365, a versão online do seu pacote de programas de escritório. Durante o lançamento do novo produto, que já conta com clientes como Gol e Camargo Correa no País,  Kirk Koenigsbauer, vice-presidente da divisão Office, citou uma resenha do novo produto feita por uma publicação internacional especializada. 

De acordo com a resenha, o Office 365 está para o Google Apps assim como o Xbox 360 está para o Pong, o primeiro game desenvolvido pela Atari, em 1972. Embora haja players disputando esse mercado com Google e Microsoft, como o Zoho, a VMware com o Zimbra, a IBM com o Lotus e a Salesforce.com com o Chatter, a citação feita por Koenigsbauer não deixa dúvidas de que, para a Microsoft, o Google também é o inimigo a ser batido na nuvem. Mais que um jargão da moda na indústria da tecnologia, a computação em nuvem representa a maior mudança no setor desde o surgimento do computador pessoal. Não por acaso, esse é um mercado de crescimento acelerado e que deve gerar uma receita global de US$ 128,9 bilhões em 2013, de acordo com a Gartner. Em 2010, já movimentou US$ 74,3 bilhões. Apenas na área de software online, foram US$ 10 bilhões no ano passado. E a previsão é que esses números dobrem até 2015. 

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Além dos MacBooks, outro aspecto que chamava a atenção no evento do Google era a empolgação com que alguns clientes falavam da migração para o Google Apps. Algum desavisado que entrasse no meio da apresentação de Christine Atkins, CIO da Ahold, rede de supermercados holandesa com receita de € 30 bilhões e mais de 200 mil funcionários, poderia achar que ela era uma funcionária do Google. Tamanha a empolgação com que a executiva falava da recém-concluída migração da plataforma de email da companhia para o Gmail. “Quantos projetos de TI vocês têm que são realizados dentro do tempo, do orçamento e com usuários felizes?”, perguntou Christine à plateia. Para ilustrar o sucesso da mudança de sistema, ela disse que tal troca gerou apenas 27 reclamações dos funcionários, menos do que a quantidade de chamados de um dia normal da plataforma anterior. O Gmail é a porta de entrada das empresas ao Google Apps. 

E o preço é outro fator importante de atração. Ao custo de US$ 50 ao ano, o Google Apps completo é substancialmente mais barato que a versão correspondente do Office 365, que custa seis vezes mais. É certo que a disputa travada entre Google e Microsoft no mercado corporativo e de softwares de produtividade não tem o mesmo charme ou desperta a mesma atenção que a briga com o Facebook, nas redes sociais, ou com a Apple, nos dispositivos móveis. Mas é  justamente nela que reside a grande chance de diversificação de receitas da empresa comandada por Larry Page, quase que totalmente dependente da publicidade online. Por enquanto, o Google Apps é um negócio pequeno, que não gera mais de US$ 500 milhões ao ano em receitas, de acordo com as previsões mais otimistas dos analistas. “Essa é uma ameaça real de longo prazo ao Office e à Microsoft”, observa Matt Cain, analista do Gartner. Certo mesmo é que essa briga entre os deuses da tecnologia está apenas nos primeiros rounds.

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